Ubatuba em foco

Mais um ano amargo para o povo de Ubatuba

O povo de Ubatuba em 2007 receberá em seus lares e estabelecimentos comerciais uma correspondência da Prefeitura Municipal nada agradável, cujo conteúdo será a cobrança de uma "Taxa de Serviço de Bombeiros”.
Apesar de já sermos onerados com uma alta carga tributária, o prefeito Eduardo César em sua voracidade de arrecadar, vai através desta taxa, fazer com que os cidadãos paguem por algo que deveria ser coberto pelo produto geral da arrecadação de impostos do governo estadual. Não demora muito, se a situação continuar como está, iremos ser cobrados também pela utilização potencial do serviço de saúde, do serviço de repressão ao crime e novamente pela da taxa de iluminação pública, e no fim, nem sentar na praça para namorar poderá mais ser feito, pois antes deverá ser recolhida uma taxa pela ocupação do solo público.
Essa cobrança a meu ver é flagrantemente ilegal, porque o serviço de prevenção e extinção de incêndios, resgate e salvamento, é inespecífico, pois favorece não apenas os proprietários ou possuidores de bens imóveis, mas a coletividade em geral, mesmo porque o sinistro pode atingir também os bens móveis e ameaçar vidas humanas e de semoventes. E o resgate e salvamento favorecem todos aqueles que eventualmente se encontrem em situação de risco no município, mesmo que não sejam proprietários ou possuidores de imóveis e sequer morem na cidade. E, ademais, essas atividades são indivisíveis, pois não se pode medir o quanto cada munícipe, proprietário ou não, é beneficiado com sua existência.
Tais como os governos anteriores, Eduardo César, desde o primeiro dia, dedicou-se a fazer aquilo que, em campanha, jamais disse que iria fazer. Não foi pela vontade do povo de Ubatuba que seu governo dedicou todas as suas energias e força política a taxar a população, arrochar os trabalhadores públicos, anistiar os sonegadores de impostos, aumentar os juros e os impostos. A vontade do povo de Ubatuba era ter escolas de qualidade, saneamento básico, habitação, mais saúde, mais direitos, mais trabalho e mais cuidado para com nossa cidade.
O dinheiro público, em lugar de estar sendo destinado a programas de recuperação econômica, na criação de fontes de trabalho em projetos de educação, de moradias etc, tem outras prioridades: pagar as dívidas de campanha assumidas com as empreiteiras e aninhar na administração seus ex-adversários políticos e “irmãos de fé”.
Estas infidelidades do governo Eduardo César ao povo de Ubatuba, que nos primeiros tempos produziam perplexidade, vão agora espalhando pelo município um clima de decepção generalizada. A cada dia surge um novo desapontamento, a ponto de muitos já nem mais esperarem algo de bom de um governo que, em quase dois anos, não tem nada, exceto o marketing das mentiras, a mostrar ao povo.
A arrogância e pretensão de Eduardo César, não podem evitar o fato de que, diante das parcelas mais lúcidas da população e entre as forças que sustentaram a eleição dele, este descontentamento vai caminhando para tornar-se uma repulsa frente à traição aos compromissos que o levaram ao poder.
Os governantes que chegam ao poder em nome dos direitos da população, e no governo passam a negar aqueles direitos, seguem inexoravelmente o caminho que, passando pela perplexidade e pela decepção profunda, leva à indignação e à revolta. Democracia se, é respeito ao voto, é mais ainda fidelidade àquilo que o voto expressa: a vontade de um povo.


Jairo dos Santos
Vereador

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Mosca-dragão

Pegoava?

Jundu