Manchetes do dia

Sábado, 09 / 12 / 2006

Folha de São Paulo:
"Pilotos do Legacy são indiciados pela PF"
Os americanos Joe Lepore e Jan Paladino, pilotos do jato Legacy que se chocou com o Boeing da Gol provocando a morte de 154 pessoas, deixaram ontem o país sem prestar depoimento à Polícia Federal. Eles se recusaram a falar porque, antes de depor, foram indiciados sob a acusação de "expor a perigo embarcação ou aeronave, na modalidade culposa [sem intenção], agravado pelo resultado morte", segundo nota emitida pela PF. Depois de 70 dias proibidos de sair do país por determinação da Justiça, os pilotos embarcaram, como passageiros, em um jato Legacy, em Guarulhos, por volta das 15h30, com destino aos Estados Unidos.


O Globo:
"Ações da polícia não contêm assaltos em vias expressas"
O assalto à presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Ellen Gracie, e a seu vice-presidente, Gilmar Mendes, anteontem à noite, na saída da Linha Vermelha, revela que as ações da polícia do Rio têm sido insuficientes para conter a violência nas vias expressas da cidade - o Elevado da Perimentral, a Avenida Brasil e as linhas Amarela e Vermelha. Estas voltaram a ser fechadas ontem por cerca de dez minutos, devido a um intenso tiroteio entre policiais e traficantes da Maré. O mesmo aconteceu na Avenida Brasil. Ao envolver a figura que comanda o órgão máximo de um poder e é a quarta na linha sucessória do presidente Lula, o caso mostrou que a violência do Rio não dá imunidade nem mesmo a autoridades ou pessoas famosas. O secretário de Segurança do Rio, Roberto Precioso, culpou a equipe de segurança da presidente do STF, que, segundo disse, deveria ter pedido auxílio à Polícia Federal. A ministra discordou, lembrando que os agentes são PMs do Rio cedidos ao Tribunal Regional Federal.


O Estado de São Paulo:
"Indiciados pela PF, pilotos do Legacy deixam o País"
A Polícia Federal indiciou ontem os pilotos americanos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino, no inquérito sobre a colisão do dia 29 de setembro entre o Legacy que eles conduziam e um Boeing da Gol. No acidente morreram 154 pessoas. Os dois são acusados de "expor culposamente (quando não há intenção) a perigo embarcação ou aeronave", situação agravada pela suposição de a conduta deles ter causado as mortes. "Houve negligência, o que torna as condutas deles causa do acidente", disse o delegado Ramon Almeida da Silva. Intimados, os pilotos compareceram ontem de manhã à sede da PF em São Paulo e se recusaram a responder às perguntas, alegando que só prestariam informações na Justiça. Após seis horas de interrogatório, foram liberados, receberam o passaporte de volta e embarcaram para os Estados Unidos num avião da empresa para a qual trabalham, a ExcelAir. Desde o acidente eles estavam retidos num hotel do Rio. Em caso de condenação, os pilotos podem pegar pena de 1 a 3 anos de prisão. A PF não considera o caso encerrado nem descarta a possibilidade de indiciar também controladores de vôo.


Jornal do Brasil:
"Veja onde você será assaltado ao passar pela Linha Vermelha"
O JB mapeou os pontos mais perigosos da linha da morte. Os arrastões nessas localidades são recorrentes. O assalto sofrido pela presidente do Supremo, Ellen Gracie, provocou duros ataques dos colegas ministros à segurança pública. A polícia matou ontem dois homens suspeitos de participação no crime.Editorial - Insegurança intolerável - O Brasil sempre suspeitou de que o sistema de controle de tráfego aéreo era de quinta categoria. Foi necessário um acidente de proporções apavorantes e o colapso nos aeroportos para que todos se rendessem à evidência de que se confiscara o direito de ir e vir dos passageiros. O país também já constatara que o sistema de segurança pública nas grandes cidades está em frangalhos. O assalto à presidente do Supremo Tribunal Federal, Ellen Gracie, quarta autoridade na linha sucessória presidencial, e ao vice, Gilmar Mendes, avisa que a guerra do Rio ultrapassou todas as fronteiras toleráveis. Ambos tiveram a sorte de escapar ilesos. Mas as autoridades já não podem simular que ignoram as dimensões de um problema que abrange as três esferas de governo: federal, estadual e municipal. O episódio foi a gravíssima confirmação de que uma conflagração em curso há muitos anos na periferia e nos morros transbordou essas áreas de exclusão para todos os bairros ocupados por quaisquer categorias sociais. É a evidência definitiva do atentado ao direito de ir e vir dos cidadãos. Um abalo à imagem do Rio no exterior. Não é preciso esperar que se assalte o presidente da República para se iniciar uma contra-ofensiva pela qual o Brasil clama há décadas.

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