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Lula recebe informação de que PF investiga o PT

O presidente Lula foi informado de que o PT encontra-se sob investigação da Polícia Federal por suspeita de envolvimento no caso da tentativa de venda de um dossiê contra os tucanos José Serra, candidato ao governo de São Paulo, e Geraldo Alckmin, postulante ao Planalto. De acordo com a informação repassada ao presidente, pessoas ligadas ao petismo de Mato Grosso são mencionadas em grampo telefônico feito com autorização judicial.
O grampeado é Luiz Antônio Trevisan Vedoin, sócio da empresa Planam, que comandava a máfia das ambulâncias superfaturadas. Os telefonemas de Vedoin passaram a ser monitorados pela PF no final de julho, quando ele já havia sido posto em liberdade pela Justiça Federal de Mato Grosso, depois de ter concordado em colaborar com as investigações que levaram ao desbaratamento da quadrilha que trocava emendas orçamentárias de congressistas sanguessugas por propinas.
O sócio da Planam foi pilhado em diálogos nos quais entabulava a venda de documentos, fotos, uma fita de vídeo e um DVD. Contêm imagens de José Serra entregando ambulâncias num galpão da Planam, em Cuiabá, no ano de 2001, quando era ministro da Saúde de Fernando Henrique Cardoso. O DVD, de 23 minutos, traz uma edição reduzida das imagens contidas na fita de vídeo.
Um dos trechos exibiria um discurso de Serra, elogiando a ação dos congressistas da bancada de Mato Grosso, que viabilizaram, por meio de emendas, a aquisição de ambulâncias. São cenas que, levadas ao ar no horário eleitoral de televisão, produziriam inevitável estrago político. Mas que não bastam para configurar a participação efetiva no desvio de verbas públicas.
Segundo a informação repassada a Lula, além de Serra, apareceria numa das fotos apreendidas Geraldo Alckmin, que ocupava na época o cargo de governador de são Paulo. O presidenciável tucano nega que tenha participado de solenidade de entrega de ambulâncias da Planam. E
desqualifica o denunciante. Apareceriam ainda nas fotos e no DVD o ex-governador Dante de Oliveira (PSDB), morto recentemente e vários congressistas matogrossenses. Entre eles: Lino Rossi (PP). Pedro Henry (PP), Ricarte de Freitas PTB) e Antero Paes de Barros (PSDB).
Guiando-se pelo que ouviu na escuta telefônica, a Polícia Federal chegou, na noite de quinta-feira, a Paulo Trevisan, primo de Luiz Antônio Trevisan Vedoin. Prendeu-o em Cuiabá, no instante em que embarcava (23h30) num avião para São Paulo. Levava consigo as peças que que Vedoin acomodara sobre o balcão.
Avisada, a PF de São Paulo prendeu na capital paulista os supostos receptadores da mercadoria: Valdebran Padilha da Silva [o nome não é Valdemar, como se divulgou inicialmente] e Gedimar Pereira Passos. O primeiro é filiado ao PT desde 2004. Naquele ano, atuou como coletor de fundos eleitorais para o partido em Mato Grosso.
Antes de transacionar com o petismo, Vedoin tentara vender sua mercadoria ao comitê eleitoral de José Serra. Um emissário do dono da Planam propôs o negócio em reunião com duas pessoas ligadas à campanha de Serra. O blog conversou com uma delas, que contou que a proposta foi rechaçada.
A PF conduz as investigações em duas frentes. A primeira linha consiste em seguir o caminho do dinheiro apreendido em São Paulo com Padilha da Silva e Pereira Passos (cerca de R$ 1,7 milhão). O objetivo é chegar à pessoa que se dispôs a pagar pelo material reunido por Vedoin. A segunda vertente visa verificar a consistência do dossiê que o sócio da Planam tentou comercializar e até que ponto ele se constitui em prova contra José Serra.
A julgar pela terminologia usada nos documentos da PF, trabalha-se com a hipótese de que o material tem valor probatório. A justificativa para o retorno de Vedoin à cadeia foi a de que ele estaria patrocinando a "ocultação e venda de provas" e chantageando "pessoas envolvidas em crimes". Serra trata o episódio como uma “
baixaria de campanha”.

Fonte: Blog do Josias

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