Manchetes do dia

Terça-feira, 12 / 09 / 2006

Folha de São Paulo:
"Verba social da Petrobras privilegia PT"
Entre outubro do ano passado e início da campanha eleitoral, a Petrobras beneficiou prefeituras do PT e da base aliada no financiamento de R$ 18,4 milhões de um total de R$ 31,6 milhões em ações sociais para municípios. O único repasse do gênero feito a um Estado, de R$ 1,25 milhão, também atendeu um reduto do PT, o Piauí. A lista dos patrocinados pela Petrobras neste ano eleitoral inclui apoiadores da campanha para reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como a CUT (Central Única dos Trabalhadores), que receberá R$ 8,75 milhões para um programa de alfabetização, e a UNE (União Nacional dos Estudantes), com R$ 130 mil. Adversária da CUT, a Força Sindical recebeu apenas R$ 250 mil para um evento de 1º de Maio.
Cerca de R$ 700 mil foram destinados pela Petrobras a obras de melhoria de asfalto nas cidades de Maragogipe (BA) e Alagoinhas (BA), também administradas pelo PT. Os repasses aos municípios foram feitos às prefeituras ou a conselhos municipais da infância e da adolescência. A Petrobras afirma ter feito uma seleção dos projetos sociais. Do total de 208 municípios beneficiados com recursos da Petrobras entre outubro de 2005 e junho último, 46 estão sob controle do PT. Os municípios administrados pelo partido obtiveram R$ 8,6 milhões, ou 27,5% do total dos recursos (o PT administra 7,4% das prefeituras no país, segundo o resultado das eleições de 2004). As cidades administradas por petistas e atendidas pela Petrobras têm cerca de 11 milhões de habitantes. Outros 61 municípios de partidos aliados de Lula (PMDB, PSB, PL, PP e PTB) ficaram com R$ 9,83 milhões. Em contrapartida, prefeituras administradas pelos dois maiores partidos de oposição, PSDB e PFL, obtiveram apenas R$ 4,47 milhões (14%). As duas siglas comandam 29,9% das prefeituras brasileiras.
Os recursos foram para fundos municipais chamados FIA (Fundo da Infância e da Adolescência), previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente. Segundo a empresa, foram doados, em 2001, cerca de R$ 12 milhões, em 2002, R$ 9 milhões, em 2003, R$ 31 milhões, e, em 2004, cerca de R$ 22 milhões. Os repasses são autorizados por convênios, que não seguem a lei de licitações. Entre janeiro de 2005 e junho de 2006, o total de convênios assinados pela estatal foi de R$ 353,61 milhões - sem contar outros braços da petroleira, como a BR Distribuidora.


O Globo:
"Laudo: motorista de tragédia da Lagoa bebeu em excesso"
Quatro dos cinco jovens que morreram semana passada no acidente na Lagoa estavam embriagados. Feitos pelo IML, os exames de teor de álcool no sangue (alcoolemia) revelaram também que o motorista do carro, Ivan Rocha Guida, de 18 anos, ingeriu álcool numa concentração correspondente a 1,39 gramas por litro de sangue - mais de duas vezes o limite fixado pelo Código de Trânsito, que é de 0,6 g/L. Segundo o médico-legista Talvane de Moraes, uma pessoa com índice de alcoolemia acima de 1 g/L perde os reflexos. Só Ana Clara Rocha Padilla, de 17 anos, a namorada de Ivan, não tinha bebido.


O Estado de São Paulo:
"MST reduz invasões para favorecer Lula"
Para não correr o risco de prejudicar a campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, que lidera com folga a corrida presidencial, o Movimento dos Sem-Terra (MST) pisou no freio das invasões em todo o País. De acordo com números do próprio movimento, nos quatro primeiros meses deste ano, foram realizadas 134 ações em 21 Estados. Nos quatro meses seguintes, coincidindo com o período de campanha eleitoral, o número de invasões despencou - de maio a agosto foram apenas 46 em 11 Estados.
Antes do período eleitoral, o MST não se poupou de praticar ações de grande repercussão negativa, como a destruição do centro de pesquisas florestais da Aracruz Celulose, em Barra do Ribeiro, no Rio Grande do Sul. O mês de abril foi marcado por uma onda de invasões de prédios e fazendas, bloqueios de rodovias e ocupação de pedágios. Como bom aliado, assim que as pesquisas apontaram o favoritismo do presidente, o movimento recolheu sua massa de frente, a militância que organiza as ações. Vários líderes estão engajados na campanha do PT.
Em julho, foram registradas 12 invasões e, em agosto, apenas 7, todas elas pontuais, realizadas para atender a circunstâncias locais. Na última ação, na quarta-feira da semana passada, quando 200 sem-terra invadiram a sede do Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp), em Presidente Prudente, o coordenador José Aparecido Maia pediu cuidado aos militantes: "Não quebrem, não estraguem nada."

Valor Econômico:

"Matérias-primas têm forte queda liderada por petróleo"
A valorização do dólar pelo quarto dia seguido, expectativas de desaceleração econômica mundial, garantia de oferta do petróleo pela Opep e arrefecimento na tensão com o Irã levaram a uma onda de baixa generalizada das commodities nos principais mercados do mundo. O petróleo recuou em Londres e Nova York e acumula queda de US$ 10 em um mês. O tipo Brent fechou cotado a US$ 64,55. Os metais caíram liderados pelo níquel, com baixa de US$ 450 na Bolsa de Londres. O dólar mais forte atraiu fundos de investimento, que venderam posições em não ferrosos. Desde maio, o índice CRB de preços das commodities caiu 14%. Todos os componentes do índice tiveram queda, menos a gasolina.
A expectativa de alguns analistas é que o barril de petróleo não vá além dos US$ 65 este ano. Otimistas prevêem recuo para US$ 50. O declínio das cotações afasta a necessidade de reajuste dos combustíveis no Brasil após as eleições. Cálculo da Rosenberg & Associados, com base no dia 6, já mostra a gasolina 7,73% mais cara no país do que nos EUA, com o barril a US$ 67,50 e cotação de R$ 2,14 por dólar.
A onda baixista não poupou as commodities agrícolas. As principais quedas foram as do açúcar, café e suco de laranja, cujos contratos futuros recuaram ontem 3,1%, 2,3% e 0,9%, respectivamente, segundo cálculos do Valor Data. O ambiente de incertezas levou a Bovespa a recuar 2,15% e o dólar a subir 0,78%, para R$ 2,1770. Os juros futuros interromperam o ajuste à perspectiva de continuidade do afrouxamento monetário e subiram.

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