Coisas da vida...

Travado por um javaporco

Luiz Moura
- Nos últimos anos, os administradores de plantão vêm apostando no esmorecimento da população de Ubatuba e postergam suas reivindicações com a certeza de que, decorrido algum tempo após serem feitas, serão esquecidas.
- É – foi a resposta monossilábica que obtive do compadre.
- A população deve insistir até que seus desejos sejam realizados e, sempre que necessário, lembrar a esses servidores públicos que eles foram eleitos para defender o interesse da comunidade. Não foi para se locupletarem, com parece pensar a maioria.
- O javaporco que comi ontem parece estar parado por aqui – disse o compadre apontando para o peito – O Zé Cruz levou um quarto de javaporco ontem à noite lá em casa e eu abusei – complementou, não dando a mínima para o que eu estava falando.
- Opa – exclamei escorregando na inclinação abrupta, no final do calçadão logo após a travessia (para pedestres e ciclistas) existente sobre o rio Lagoa (sentido Centro – Itaguá). – Esses filhos da... ainda não arrumaram isto?
- Compadre, dizem por aí que “eles” não eliminam as armadilhas existentes no trajeto pelo qual fazemos nossa caminhada na esperança de que você quebre o pé, a perna e/ou a cabeça e deixe de encher o saco “deles” – sapecou o compadre. – Espero não cair em uma esparrela armada pra você – completou rindo, esquecendo-se momentaneamente do javaporco que insistia em ser lembrado.

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