Agenda 21 em foco

Rede ambiental deve fazer pressão política

Uma rede de organizações não-governamentais e técnicos de órgãos públicos formada para impulsionar a elaboração de planos locais de desenvolvimento deverá atuar também fazendo pressão política junto ao Congresso, ao governo federal e a conselhos nacionais. Trata-se da Rede Brasileira de Agendas 21, que inicia seus trabalhos em agosto e tem como objetivo apoiar projetos municipais ou regionais que privilegiem o tripé equilíbrio ambiental, igualdade social e desenvolvimento econômico.
"A Rede vai ser se posicionar frente a políticas públicas e programas de governo", adianta o assessor técnico do Programa Agenda 21 no Ministério do Meio Ambiente, Carlos Felipe de Andrade Abirached. Segundo ele, o grupo planeja se articular "com quem faz leis", como a frente parlamentar de apoio as Agendas 21 Locais, com ministérios e com representantes do setor produtivo, poderes públicos e sociedade civil, e manter "relação com os espaços públicos de participação".
A estrutura e o funcionamento da Rede serão definidos no mês que vem. Em julho, houve uma série de eventos regionais para debater o assunto — o último, na Região Sul, termina nesta sexta-feira em Curitiba e reuniu 31 organizações. "No evento, quem trabalha em processos com o conceito troca suas experiências, sucessos e dificuldades, e coloca sua posição para a criação da Rede Nacional", afirma a coordenadora do Elo Regional Sul da Agenda 21, Carola Thamm. "A agenda busca parcerias e intrumentaliza as pessoas para que cobrem responsabilidades", acrescenta.
O encontro nacional, em agosto, vai "difundir o tema e ser um salto de qualidade grande a curto prazo", prevê o coordenador-adjunto do programa Agenda 21 Ministério do Meio Ambiente, Ary Martini. Segundo ele, há hoje cerca de 650 processos locais identificados pelo programa "nos mais diversos estágios de desenvolvimento, uns adiantados, mas alguns equivocados". No início de 2003, compara, eram 200. Com a constituição da Rede, afirma, o assunto vai se popularizar ainda mais.
Aos grupos interessados em elaborar um plano de desenvolvimento sustentável o ministério pode enviar material sobre Agenda 21 — incluindo um caderno elaborado em parceria com o PNUD
(A Agenda 21 e os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio) — ou até uma equipe que viaja o país fazendo a capacitação conforme as diretrizes da Agenda 21.
(Fonte: PNUD)

Enviado por Rui A. Grilo

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