Grupo Carlyle não quer Varig

Fundo americano Carlyle desmente ter interesse na Varig;‘alguém espalhou essa história, mas ela é falsa’, diz assessor

Agência Estado
O grupo Carlyle negou nesta sexta-feira qualquer interesse na compra da Varig e garantiu não ter negociação em andamento com a Trabalhadores do Grupo Varig (TGV) e NV Participações. As declarações foram feitas por Christopher Ullman, assessor de imprensa do fundo de investimentos americano, em entrevista à agência Estado. O assessor disse que é falsa a informação que circulou no Brasil nos últimos dias de que o braço de fundo de investimento do grupo teria algum interesse na companhia aérea brasileira. “Isto é totalmente falso. Alguém espalhou esta história, mas ela é falsa. Eu passei o dia de ontem (quinta-feira), entrando em contato com todas as áreas do grupo e não há o interesse na Varig”, disse. O TGV foi o único concorrente a apresentar proposta pela Varig no leilão ocorrido na semana passada. Dispôs-se a pagar US$ 449 milhões (R$ 1,015 bilhão), dos quais pelo menos R$ 500 milhões seriam obtidos com a emissão de debêntures (título de dívida), o que foi recusado pela Justiça. Desde o início da semana o TGV tenta um acordo com investidores que assegurem, no mínimo, os US$ 75 milhões necessários para o pagamento da primeira parcela de compra da empresa. Ullman disse também que ligou nesta sexta-feira para o ex-presidente da VarigLog, José Carlos Rocha Lima, da Syn Logística, para averiguar as recentes informações de que teriam partido dele as notícias de que a TGV estaria costurando um acordo com o fundo do Grupo Carlyle. O assessor do grupo norte-americano disse que Rocha Lima culpou a imprensa pela difusão da informação, pois jamais teria dito a ninguém sobre negociações da TGV com o fundo Carlyle. “Eu falei com ele esta manhã e disse para que parasse de dizer isto (que o fundo estava interessado na Varig) à mídia. Então, ele disse que não tinha dito nada a ninguém. E culpou a mídia”, afirmou Ullman. Rocha Lima foi ex-presidente da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT). O executivo prestou depoimento, no fim do ano passado, à CPI dos Correios, defendendo-se de acusações de ter recebido R$ 50 mil, em 2002, da Skymaster (empresa suspeita de ter sido beneficiada em licitação da ECT). Ele confirmou ter recebido o dinheiro, mas alegou que foi pagamento por consultoria à Skycargas, subsidiária da Skymaster. Rocha Lima presidiu a ECT no início dos anos 90 e, entre 2001 e 2002 dirigiu a VarigLog, que cuidava da parte logística e de transporte de cargas da Varig.

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