Polêmica cerca o fim dos ataques

Notícia de acordo revolta parentes de policiais mortos

Por José Maria Mayrink, n'O Estado:
"Associações de policiais e parentes das vítimas do Primeiro Comando da Capital (PCC) reagiram com indignação à notícia de que o Estado fez um acordo com a facção criminosa. 'É um absurdo fazer acordo com bandido, não é possível acreditar em traficante', disse o presidente da Associação Desportiva do Corpo de Bombeiros de São Paulo, cabo aposentado Antônio Carlos Alves, o Carlinhos. Amigo do soldado Alberto Costa, morto ao deixar o batalhão no sábado, ele considera o suposto acordo uma afronta. Se os chefes do tráfico fizeram mesmo um acordo com o governo, considera, 'foi para acabar com a repressão que interrompeu o seu negócio, a boca de fumo'. Embora a Polícia Militar negue, Carlinhos acredita que tenha havido um acerto, uma vez que as rebeliões e os ataques cessaram de repente. 'O secretário da Segurança está com vendas nos olhos', disse Carlinhos. Os traficantes voltarão ao ataque, acredita, logo que se sentirem livres para retomar a venda de drogas. 'Marcola aterroriza toda a população.' Para a presidente da Associação de Funcionários da Polícia Civil de São Paulo, Luci Lima, é impossível acreditar que o governo cedeu às condições dos bandidos. 'Que força tem a palavra de um criminoso?' As famílias dos policiais, disse, estão apavoradas. 'Mulheres e filhos estão mudando, com medo de serem atacados.' Na associação, que oferece curso preparatório para a carreira, alunos cancelaram matrícula. 'Esse acordo traduz a fragilidade do Estado', disse um dos cunhados do investigador José Antônio Prada Martinez, o Tito, de 41 anos, morto no ItaimBibi, zona sul. A expectativa da família é que, enterradas as vítimas, a tragédia do fim de semana seja esquecida."

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