Dedetização complicada

Jairo garante que dedetizadora contratada não é “fantasma”

Cristiane Zarpelão
O vereador Jairo dos Santos, depois de ser acusado pelo cidadão Romeu Guatura da Silva por superfaturar os serviços de dedetização na Câmara Municipal, na época em que era presidente do Legislativo, diz que agora está sendo vitima de boatos, dando conta que a empresa que foi contratada para realizar a tal dedetização não existe.
Guatura afirmava que o serviço de dedetização havia custado R$ 18.000,00 e o vereador Jairo dos Santos rebateu que esse valor foi referente a quatro serviços. A questão agora é de que a empresa contratada - Twister Dedetizadora de Caraguatatuba - seria uma empresa “fantasma”, e que no endereço que foi informado, não havia uma dedetizadora e sim um salão de beleza.
Procurado pela reportagem, Jairo disse que é verdade. “Hoje, no local, funciona um salão de beleza sim”, confirmou. Segundo o vereador, no local - um sobrado - em que funcionaria a empresa Twister, foi aberto na parte de baixo um salão de beleza.
“O salão de beleza está lá há menos de quatro meses, a dedetização foi feita há muito mais tempo que isso”, justificou o vereador, dando a entender que a dedetizadora não tem obrigação de ficar no mesmo local o resto da vida. Jairo nos mostrou documentos que provariam a existência da empresa – ou que ela existiu: notas fiscais, licença de funcionamento da Prefeitura Municipal de Caraguatatuba e listas telefônicas com o nome, telefone e endereço da empresa. A reportagem entrou em contato com Gilberto Lucio Pivelli, então proprietário da dedetizadora Twister, que se disse “disponível para esclareceu todos os fatos e acabar de uma vez por todas com esse assunto”. Pivelli garantiu que a empresa Twister Dedetizadora sempre funcionou normalmente, mas que o alvará de funcionamento venceu em dezembro de 2005 e que ele não quis mais trabalhar com isso e resolveu alugar o ponto. “Onde está o cabeleireiro hoje, era o meu escritório de dedetização, mas ano passado eu quis parar de mexer com isso e aluguei o ponto. Agora, depois de quase quatro meses, resolvi voltar, já entrei com o pedido de renovação do alvará, inclusive o recebi hoje, no valor de R$ 85,00 e já pedi meu ponto de volta. Na verdade eu já estava construindo, na parte de cima do salão, um local para ser instalado meu escritório, mas como vai demorar para eu poder começar a trabalhar lá, resolvi continuar na parte de baixo por enquanto”, explicou Pivelli.
O empresário disse estar indignado com toda essa situação de desconfiança e que, o maior prejudicado na história é ele mesmo. “Não tenho nada a ver com essa briga política, só sei que fui difamado e estou pensando até em processar as pessoas que me prejudicaram. Estou à disposição do vereador Jairo para ajudá-lo a esclarecer isso tudo e até depor se for necessário. O que eu quero é sossego e que me deixem trabalhar em paz com minha dedetizadora, ou qualquer que seja o comércio que eu quiser abrir”, concluiu Pivelli.

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