Na contramão

Aguinaldo Munhoz
Em qualquer município do Estado de São Paulo as mães e pais de alunos preferem as escolas municipais e rejeitam as estaduais. O governo Alckmin vem progressivamente abandonando a educação e passando a responsabilidade para municípios. Em 2004 foram municipalizados 62.000 alunos e, para 2005, por volta de 60.000.
Sem investimentos e sem manutenção a Educação deixou de ser prioridade para o governo tucano.
Somente nos últimos 5 anos o governo Alckmin foi responsável pelo fechamento de aproximadamente 140 escolas e mantém ainda cerca de 200 escolas e salas de lata. Estima-se que só na cidade de São Paulo foram fechadas 200 mil vagas no ensino fundamental.
Todo cidadão sabe que quanto mais se investe em educação menos se gasta com prisão. Mas, na contramão, os tucanos prometeram em 2005, aumentar de 77 para 118 o número de unidades da Febem no estado.
Um interno da Febem custa aos cofres públicos R$ 1.600,00, mas o índice de retorno dos jovens à criminalidade continua subindo para patamares alarmantes.
Recentemente, o garoto símbolo da instituição, que foi apresentado para a sociedade como prova de que o modelo de ressocialização da Febem dá certo, retornou ao noticiário, mas desta vez em noticias que não eram nadas boas.
Ele foi preso, acusado de matar a tiros um jovem de 15 anos em sua cidade natal, assassinato ocorrido dias antes de ser apresentado pelo governador no lançamento de seu livro na bienal de São Paulo.
Se o governador e seus assessores insistirem em desviar os recursos da educação- como os R$ 4,1 bilhões utilizados indevidamente em outras áreas e que já foi intimado a devolver- e continuar a investir na construção de presídios para a infância e juventude, verdadeiras escolas para o crime, vamos permanecer lamentando o aumento da criminalidade juvenil.
E o Governador Alckmin ainda quer ser o “ gerente do Brasil “!

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