Fábula VI

Rogério Frediani
Um dia após o outro e o futuro vem sempre chegando, mas a cidadezinha continua vivendo do passado, sem metas organizadas e estratégicas para acompanhar o tempo que passa pelo relógio digital instalado na rua principal.
E Por falar em rua principal, o cartão de visita e postal da cidadezinha está em obras. Está em obras? Não, acho que me enganei na terminologia. O certo seria: está no buraco. Quem sabe não estão preparando o terreno para a construção de uma grande piscina natural, já que até o mar da cidadezinha anda poluído. É esperar para ver, ou ver para crer nas promessas que até agora não passam de palavras jogadas ao vento? Alguém ouviu? Registrou? Ah! Que bom, assim pelo menos existem testemunhas dos destinos traçados para a cidadezinha.
Além das obras ainda existe o mercado modelo, erguido com alta tecnologia arquitetônica, utilizando materiais como madeira e prego. A construção é tão sólida e moderna que uma tempestade não conseguiu tirá-la do lugar, mas causou ferimentos em pessoas de bem. Acho que o temporal foi enviado por Deus, como sinal de que a cidadezinha corre perigo nas mãos de quem não tem capacidade e pulso firme para solucionar os problemas.
Coitada da cidadezinha, coitada da rua principal, que além de tudo isso ainda tem sua calçada bloqueada pelas lanchonetes itinerantes. Será uma estratégia de chamar clientes? Isto é certo? Será que os órgãos responsáveis não enxergam nada na cidadezinha?
Gosto de chamá-la de cidadezinha porque o diminutivo lhe cai bem, porém espero um dia me referir a ela como “cidade modelo” porque acredito que ela tem potencial para se igualar, ou melhor, para se tornar a cidade mais visitada do país. Por enquanto a cidadezinha continua assim, do mesmo jeitinho, até porque as férias acabaram e agora os “fantasmas” tomam conta do pedaço, ou será que sempre tomaram?

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