Carta resposta

Reciclagem com certeza

Estou escrevendo esta carta como resposta a carta escrita por Roberto Mamede Costa Leite, publicada no dia neste mesmo site. Nesta carta o senhor Mamede relata a sua maneira um fato ocorrido na delegacia desta cidade no dia 19/02/06. Como este relato esta recheado de inverdades, sinto-me no direito de dar a minha versão dos fatos. Meu nome é Thomaz sou policial civil e estava trabalhando no plantão policial no dia em questão, e por volta das 10 h aparece um cidadão, carregado de prepotência e arrogância, dizendo ser advogado, exigindo que eu elaborasse um Boletim de Ocorrência de “Preservação de Direitos”. Logo vi que tal advogado nada entendia de Direito, pois a Policia Civil funciona como policia judiciária, ou seja, na delegacia são registrados crimes ocorridos, e no Código Penal não há nenhum artigo que faça menção a “preservação de direitos”. Desta forma, solicitei com toda educação para que o dito advogado me contasse o que aconteceu. Sendo que o tal senhor sem nenhuma paciência, sendo completamente arrogante e mal educado, contou-me uma “estória” confusa e sem sentido. Sendo assim, solicitei a este que aguardasse a delegada plantonista, na qual estava ocupada com outra ocorrência policial, para que esta tentasse identificar alguma tipificação criminal na “estória” do descontrolado senhor. Mais uma vez este demonstrou total desconhecimento de como é o funcionamento de uma delegacia de policia, exigindo que eu confeccionasse tal boletim naquele exato momento. Para quem não conhece o funcionamento de uma delegacia, eu explico: toda ocorrência que chega a delegacia deve ser levada ao conhecimento da autoridade (delegado) de plantão, o qual tipifica a natureza criminal do competente boletim de ocorrência. Diante da insistência do dito bacharel, mais uma vez expliquei como era o procedimento daquela delegacia, pois o mesmo demonstrando total arrogância perguntou se a delegada iria demorar em atendê-lo, quando lhe disse que a delegada logo o atenderia, entretanto impaciente ele esperou por cerca de 2 minutos e saiu da delegacia. Realmente trabalhar na policia Civil hoje em dia não é fácil, além de todas as privações que nós enfrentamos, nós temos de agüentar todos os tipos de pessoas, pessoas que, além de não ter bons modos, acham que sabem de tudo, porém são totalmente ignorantes. “É osso duro de roer”.

Thomaz K. Carvalho

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