Querem te calar? A mim também.

Pedro Tuzino*
Caro Luis, quero solidarizar-me com você e dizer que reprimo qualquer ato de violência, seja física ou moral, e ainda, o que é mais sórdido, quando temos como instrumento a ameaça covarde. Quem ameaça quer causar medo, está prometendo que vai fazer algum mal à pessoa ou a alguém de quem ela gosta - se não for feito o que se exige. E há um agravante quando o infrator esconde-se na clandestinidade, causando um tremendo transtorno na sua vida e a dos seus entes queridos, inibindo a vítima de qualquer possibilidade de defesa. Esta prática é muito comum infelizmente, nos últimos pleitos eleitorais, pude sentir na pele o quão é difícil enfrentar e depois superar esse ato violento e covarde.
Também Luis, não é só ameaça que desestrutura um homem quando este é honesto, digno e de bons costumes, outros atos que tem um efeito muito próximo à ameaça é a calúnia, injuria e difamação. Na sociedade em que vivemos, a honra e a reputação de uma pessoa são muito importantes. E uma das maneiras mais fáceis de agredir um indivíduo é exatamente atacando a sua honra, espalhando mentiras ou mesmo verdades que causem embaraço a ela.
Caluniar uma pessoa é acusá-la de um crime, estando consciente de que a acusação é falsa (artigo 138 do Código Penal). Difamar é ofender intencionalmente a reputação da vítima, não importa se é verdade ou não (artigo 139 do Código Penal). Injuriar é ofender a honra da pessoa, atribuindo a ela uma qualidade negativa no que se refere a características físicas, morais ou intelectuais (artigo 140 do Código Penal).
Então toda vez que você for escrever imagine que seu próximo é teu semelhante, saiba que a caneta ou seu teclado pode ser um instrumento cruel e covarde que podem ferir profundamente homens simples como você que sentem toda e qualquer agressão, e até entendo que você já exerce essa pratica com muita dignidade.
Sem mais milongas, quero dizer a você que também não aprecio foguetório e nem tampouco outras manifestações como pintura de muros, faixas e baners que são fixados aos postes e outros, prova é que propus um acordo (ver mídia da época) para que todos os candidatos ao cargo majoritário abrissem mão destes recursos, infelizmente um dos favoritos não topou. Quanto aos fogos lançados em locais impróprios, aos quais você se refere em suas matérias, você sabe que atendemos prontamente ao pedido feito por um dos membros do Ubatuba Bird e suspendemos os disparos no Comício da Ilha dos Pescadores. Gostaria que você também registrasse que outros candidatos também utilizaram deste recurso e há nenhum de nós foi solicitado e demonstrado um possível dano ao meio ambiente. Pasmado fiquei com a artilharia na carreata da vitória de seu candidato, espero que pelo conhecimento técnico de seus apoiadores tenham fornecido protetores auriculares para a fauna, inclusive na concentração frente ao cruzeiro. Também sugiro que você inicie através de seu veiculo de informação promova uma campanha para que nas próximas eleições isto seja coibido, ou ainda, sugira a Câmara Municipal, por meio de seu Vereador, que elabore um projeto de lei que proíba a poluição visual e sonora de quaisquer manifestações de caráter político, religioso enfim todas atividades que prejudiquem significativamente o visual ou o sossego da cidade. Lembro a você também que festa rave, de 125 dB, durante 48 horas no centro da cidade deve ser reprimida pelas autoridades constituídas ou melhor pelo Prefeito. Além do mais devemos também iniciar uma outra campanha que iniba os fogos de artifícios nas festas de Natal, Passagem de Ano, Carnaval e bem lembrado nos jogos desta copa ou decisões de futebol, para isso temos que argumentar com critérios sérios, estudos e levantamentos que dêem sustentação a nossa proposta e assim convencermos nossos cidadãos e os turistas a comprarem essa idéia.
Quanto a Audiência Pública ou Monólogos Públicos permita-me tecer alguns comentários:
1) Talvez você entenda que ex-candidatos não devam se manifestar em público, pois é muito fácil desbancar seus argumentos alegando “Ele está fazendo política” ou ainda “nossa que encenação”, e você está redondamente certo, é o que todos estrategistas solicitam de seus futuros possíveis candidatos, ou seja, para que eles se omitam frente a questões polêmicas.
Mas você sinceramente se calaria diante de um risco iminente de desastre para nossa cidade?
2) Também você esta correto quando afirma que este estudante de direito não teceu criticas ao projeto do renomado arquiteto Renato Nunes, pelo nosso código de ética um profissional tem foro adequado e no máximo me permito sugerir alterações quando autorizado pelo autor. Você não escutou e peço que solicite a gravação da Audiência e transcreva aos seus leitores, ficará surpreso quando elogio o profissionalismo de Renato, reconheço o diagnóstico dos problemas por ele levantado, e ainda sugiro que o anteprojeto seja discutido com toda a comunidade e com a Associação dos Engenheiros e Arquitetos. E digo não fui intempestivo nem tampouco deselegante em nenhum momento ao referido profissional. Reprimi veementemente a forma irregular de condução do processo, e estou disposto a debater a qualquer momento a aplicabilidade da lei 8666 ao certame que envolve Permissão de Uso e ainda a descaracterização de PPP (parceria público privada) declarada pelo Sr. Prefeito e sua equipe.
3) Como cidadão vou denunciar e continuar denunciando as irregularidades praticadas pela Administração Pública ou qualquer Autoridade constituída, pois não é possível a população ser levada a erro por quem tem a obrigação de zelar pelo bem estar do cidadão. Foi dito na Audiência e publicado nos órgãos de imprensa que já foi contemplada uma ONG, através de permissão, para arrecadar 35 milhões de Reais para executar a então sonhada reurbanização da Praia Grande, sob alegação que não há custo para a comunidade. Você caro colega é engenheiro e tem passagem pela vida pública, sabe sim que é obra pública, sabe sim da necessidade de licitação, sabe sim que os valores atingem o patamar de concorrência pública, sabe sim que num plano de negócios deve haver um faturamento de no mínimo 50 milhões, e que a obra não pode e nem deverá passar de 4 milhões de Reais sob pena de superfaturamento, entende sim que se a Prefeitura cumprisse sua função de executivo, poderia até licitar e pagar o projeto, quando finalizado ao Arq. Nunes, e ainda através de parceria público-público viabilizar a obra no máximo em dois anos, vide exemplo Caraguá, tendo com retorno a bagatela de 46 milhões, verba esta suficiente para construir um novo hospital, recuperar a Santa Casa, construir creche e escola para todos,
Fornecer um merenda equilibrada com produtos de nossa terra, aplicar em infra-estrutura, facilitar acesso viário aos hotéis e pousadas, ou seja mais emprego mais justiça social, ou seja uma Ubatuba mais justa, prospera e fraterna.
Vou parando por aqui, espero que as autoridades constituinte e a população exija um governo no mínimo translúcido se não pode ser transparente e pelo menos ouça a população já que não permite sua participação, sob pena de mais tarde nossos jovens terem como resposta a pergunta: “È um avião? É um Pássaro?” Não é apenas uma mosca ou seja muda governo e é a mesma mosca.
*Empresário, Consultor, Administrador Público, Engº Civil, Engº de Segurança do Trabalho, Engº Sanitarista, estudante de Direito.

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