E a fábula continua...

Era uma vez, uma pequena cidade paradisíaca, com praias e muito verde. Sua economia é desenvolvida basicamente através do turismo. A expectativa é a chegada da temporada de verão. E quando ela chega... Os problemas aumentam e as soluções são inexistentes. Certo homem da “Casa” que tem o poder de auxiliar no desenvolvimento do município, pasmem, foi pego vendendo óculos de grau em praia de grande movimento, descumprindo a lei, é proibido vender, que vergonha! O caos reina. No Posto de Saúde de um bairro do lado sul, um turista, que sufocou com um alimento entalado na garganta, recebeu os primeiros socorros de uma auxiliar de enfermagem. Como no plantão a médica responsável não estava presente, saindo antes do término do mesmo e o seu substituto não compareceu, a paciente foi encaminhada ao hospital. No trajeto faleceu. É triste e revoltante. Pobre cidadezinha, pobres moradores e freqüentadores. É impressionante como o descaso e a falta de competência atrasam a vida de todos que precisam literalmente sobreviver a esses desmandos. Quem tem que cumprir a lei não cumpre. Quem tenta cumprir a lei é ignorado. E quem reivindica seus direitos é abandonado. Nessa disputa por poder (eu posso eu mando, frase predileta dos homens que lideram a cidadezinha) quem sai perdendo são os pobres habitantes e seus visitantes. Falta tudo. Tudo que é básico. Infra-estrutura, saneamento básico, asfalto. E o pior respeito. Enquanto uns vendem óculos na praia, uns morrem por falta de atitude de homens que ao invés de vender óculos deveriam estar pedindo uma solução ao “SH” da cidadezinha, pois visitantes estão morrendo e habitantes também por falta de administração correta. É um absurdo e assim a cidadezinha vai sobrevivendo, ou morrendo... AH, já ia me esquecendo. O ofício nº 034/06 encaminhado ao “SH” da cidadezinha pelo CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico Artístico e Turístico do Estado) afirma que as obras que estão sendo realizadas na Avenida Iperoig, Feirinha Ripe, divergem do projeto apresentado ao Conselho e pede a paralisação imediata das obras até que se comprove a ausência do prejuízo à visibilidade ou destaque dos bens tombados nas proximidades, em vistoria a ser realizada. Infelizmente as leis continuam sendo descumpridas, pois a obra continua. Pobre cidadezinha.

Rogério Frediani

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