De tristeza em alegria


A placa sumiu, teria o gato comido ou foi um tsunami que passou?

Luiz Moura

Escrever, com o tempo, torna-se um hábito. Um difícil costume de ser extirpado, mas no qual obtive êxito há muitos anos. Deu um estalo e... parei.
Quando decidi voltar a escrever, no ano passado, a primeira coisa em que pensei foi que teria dificuldades na escolha de temas para meus escritos. Enganei-me.
A linha da costa (Oceano Atlântico), na parte continental do município de Ubatuba, tem 125,40 quilômetros de extensão. A quantidade de bairros, cada um apresentando características próprias, muitos distantes entre si, alguns quase que auto-suficientes, geram enorme volume de assuntos. Um cronista de Ubatuba, dificilmente dará tratos à bola na procura de assunto para seus textos.
Apesar de tudo isso, às vezes, um determinado assunto "gruda", por longo tempo, em todas as conversas e por todo o município. A "bola da vez" é a administração Eduardo César (PL + PT).
A falta de um programa de governo e planejamento para a sua execução, aliada a ausência de pulso no trato com o secretariado, transforma a Prefeitura em um verdadeiro balaio de gatos. Cada um criou um feudo e uns poucos se acham no direito de comandar os comandantes de alguns destes feudos. A população nota a balburdia que impera. Para piorar a situação, esqueceram-se que são funcionários públicos, que servem ao povo e não o contrário.
O município está ao Deus dará. A falta de fiscalização municipal e o exemplo dado pela administração Eduardo César no desprezo para com as leis, fazem os desmandos aumentarem. Na foto acima, vemos uma reforma/ampliação feita em um imóvel, em local de passagem obrigatória pelos veículos, executada em desacordo com a legislação municipal. A administração Eduardo César, faz que não vê. Não citarei o endereço, para ver se os iluminados, baseados nesta falta, argumentarão a impossibilidade de localização da infração. Há razões de sobra para a população, injuriada, persistir em dar tacadas na "bola da vez".


O que? Não existe balburdia?


Ontem, a Prefeitura enviou para a Imprensa a seguinte errata: "Na matéria publicada na semana passada com o título Paulo Pires deixa Secretaria do Meio Ambiente saiu uma incorreção. O engenheiro não pediu sua demissão à Prefeitura e sim, foi exonerado."
Não vou tecer comentários sobre as diferenças/semelhanças entre demissão e exoneração.
A errata passa a nítida impressão de que a administração Eduardo César "mandou embora" o secretário, independentemente da sua vontade. Para não perder o costume, pergunto: como fica o lamento proferido pelo prefeito Eduardo César em relação à saída do secretário, transforma-se em alegria? O prefeito Eduardo César mentiu ao externar seus sentimentos?

E eu vou pra galera...

Foto: Luiz Moura

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