Histórias de nossa terra


O sr. Lindolfo (de chapéu e paletó branco, último à direita)
observa o avião que fez um pouso forçado em Ubatuba

SAINT-EXUPÉRY
A incrível história de sua passagem por Ubatuba

Uma viagem imaginária
Reportagem de Edmar Pereira
Enviado por Ronaldo Dias

Uma tarde luminosa do mês de junho de 1933 em Ubatuba, época de tanto peixe que as tainhas podiam ser apanhadas na praia, apenas com as mãos. Época em que os parcos 800 habitantes da cidade viviam ainda o espanto do seu primeiro contato com um automóvel, ocorrido poucas semanas antes. Mas nessa tarde o espanto seria maior: sem qualquer aviso ou preparação na praia de Itaguá, centro da cidade - cujas árvores haviam sido cortadas exatamente para uma emergência desse tipo na Revolução de 32, mas nunca sucedida -, desceu um avião. Um teco-teco da Cia. Gènèrale Aero-Postale, que fazia a linha aérea regular entre França e Argentina. Nos 11 mil quilômetros do percurso passava pela costa atlântica brasileira e teria descido em Santos, na base aérea da Praia Grande, não fosse por uma panne no motor.
O avião era pilotado por um certo Antoine, que naturalmente não falava português, assim como os de Ubatuba não sabiam francês. No máximo um "vous voulez quelque chose?" dos rudimentos ginasianos, recordado oportunamente por Washington Oliveira, o Filinho, que mais tarde ocuparia duas vezes a prefeitura da cidade e se tornaria seu principal historiador.

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